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Falando sobre a criança, a escola e inclusão

Falar sobre a criança é uma das minhas grandes paixões. Daquelas que quando você começa os olhos brilham, sabe. Há muito o que compartilhar e mais ainda o que perguntar. Mas é consenso que precisamos olhar para nossas crianças com mais atenção. Especialmente dentro das escolas.

Frequentar a escola é um direito de todos as crianças e um dever dos pais e da sociedade. Difícil discordar que a educação é o caminho para um futuro mais promissor. Mas que futuro promissor é esse? Que escola é essa que recebe crianças com histórias tão diferentes e as coloca dentro de uma mesma sala e com objetivos tão iguais para todas? Muitas perguntas. Respostas difíceis de encontrar um consenso, que nem sabemos se há. Afinal, cada família, no fundo, busca algo diferente em cada escola. E cada escola tem algo diferente para oferecer às crianças.

Então, antes de tudo, precisamos olhar para quem são nossas crianças, em suas singularidades. Sim, somos sujeitos singulares e inclusão não deve ser vista como oportunidade iguais para todos. Oportunidades para todos sim, mas com condições diferentes pois cada criança tem sua necessidade. Uma escola inclusiva é aquela que pauta seu trabalho nas potencialidades da criança, naquilo que de melhor ela pode oferecer. Leva em conta que a criança é um ser social, dotado de cognição (inteligência) e que traz consigo um grande aparato emocional.

Assim, não é mais possível pensar em uma escola em que os aspectos sociais e emocionais não tenham a mesma relevância que a cognição. Não é mais possível pensar em uma escola não inclusiva, em que todos e não apenas os ditos “bons alunos”, aprendam. Afinal, toda criança é capaz de aprender algo. Seja ela “típica” ou “atípica”,”normal”ou “especial”, pessoa com deficiência ou não. 

São muitas as palavras utilizadas no dia a dia para caracterizarmos aquele aluno que “não aprende”. Algumas delas mais segregam que incluem. Informação é o primeiro passo para evitarmos esse tipo de equívoco. O importante é não se esquecer de que estamos falando de uma criança, independente de sua condição. Assim, ao abordar a família pergunte primeiro o que a faz feliz, o que ela conquistou e aprendeu nos últimos tempos. Observe, escute, sinta. Receber as crianças acreditando em seu potencial é o primeiro passo para saber a melhor maneira de ajudá-la. Tarefa fácil não é, sem dúvida. Mas impossível, muito menos. Lembre-se que todas elas precisam de amor, de acolhimento. Isso despertará o desejo de aprender, o encantamento pelo professor e pela escola. O seu desenvolvimento (emocional, cognitivo e social) será consequência. 

Diferentes pedagogias hoje possibilitam esse olhar para a criança, Montessori, Pickler, Waldorf talvez sejam as que mais inspiram pais, mães e educadores. Motivos não faltam, basta conhecer um pouco. E, como disse Maria Montessori: siga a criança.




Por

Sou Mariana Vieira, mestre em Educação (2010), com licenciatura em Pedagogia(2004). Minha atuação com a educação inclusiva e anos iniciais do Ensino Fundamental, me trouxeram para a Psicopedagogia Clínica e Institucional. Hoje, atuo como Consultora Educacional especializada nessa área.

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